quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Balança, que eu gosto

Nada como um dia em liberdade. Depois de lançar olhares suplicantes (ainda não é hora de fulminar ninguém com minhas pupilas hipnotizantes), passei um dia inteiro tomando conta da casa (se bem que não sou cachorro). Sinto que aos poucos estou dominando o espaço. Na área externa tem um baita de um terraço. Aqui o meu pai mantém vasos com umas plantinhas de sabor intragável. Mas os galhos ajudam a afiar os dentes e as minhas garrinhas. Ele diz que é tudo planta comestível (alecrim, hortelã, manjericão). Deve ser comestível, sim... Só se for para ele. Gosto mesmo é de ração. Bom, continuando o passeio pelo terraço, percebo um monte de janelas acima de minhas orelhas peludas, ouço o resmungar do papagaio da vizinha do prédio da frente e ainda vejo pombas de asas sujas que passam baixinho perto do meu nariz (elas que se cuidem!). Fiquei tão entusiasmado com uma dessas pombas impregnadas de fuligem que corri para pegá-la. Mas deu tudo errado: dei de cara (digo, focinho) na tela de proteção do parapeito. Que frustrante. Logo agora que ia alcançar a danada da sujinha, tóim na tela transparente. Caí para trás e voltei correndo para a sala. Foi aí que, frustrado pelos limites do terraço, descobri uma coisa deliciosa: a cadeira de balanço. Até então eu só havia passado por baixo dela. Escalei pelas laterais, me pendurei no tecido e lá estava eu acomodado entre as coloridas almofadas de Dubai. Pronto: agora está tudo dominado. Palavra de Odorico, o gato.

Um comentário:

  1. ODORICOOOOOO VOCÊ ESTÁ NO FACEBOOK!!!!
    MIAUUUUUUUUUU TCHUFI TCHUFI...DA SEMPRE SUA SOFIA

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