quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um gato prêt-à-porter

Crianças, tenho de contar mais uma de minhas descobertas: como é bom brincar com uma sacola. Bem que meu pai havia ouvido dizer que todo gato adora se enfiar em uma e sair saracoteando por aí. Dito e feito. Foi só ele chegar carregado de compras – e como ele é consumista –, tirar os pacotes e eu logo me apoderei de uma que tinha caído no sofá. Adorei! Tá certo que os presentes não eram para mim, mas eu fiz a festa, literalmente. Queimei todas as minhas gordurinhas de vida sedentária que levo em meia hora de pura diversão. Foi tanta bagunça que, por pouco, não me autoenforquei com as alças da sacola. Fiquei até de língua de fora! Mas, felizmente, papi estava a postos (como sempe, fotografando minhas artes) e me salvou mais uma vez. Cansei! Agora quero brincar de outra coisa....

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quadrilha da Aninha


Acabei de ganhar novos amiguinhos. Lembra da tia Aninha Tavares Ferraz? Pois é... Gatóloga de primeira que é – e chiquérrima –, ela não para de aumentar a família (na verdade, está mais para quadrilha). São todos fofos, educados e brincalhões. Vira e mexe, é verdade, quebram alguma coisa, tomam água direto na jarra de cristal, sobem à mesa, mastigam orquídeas ... Nada que um gato não adore. Mas, intimidades do cotidiano à parte, vamos à apresentação da quadrilha (digo, turminha). A gata toda branquinha é Bijou, uma princesa em forma de floquinho de neve; Chico, dono de um belo par de olhos verdes e travessos, é o mais novo da turma; Bunny é esse belo felino todo tigradinho e com irresistíveis olhos mansos azuis; para concluir, tem Gigi, uma autêntica sialata (isso mesmo, siamesa + vira-lata). Eles não são adoráveis e comportados? Acho que meu pai vai acabar me mandando passar uns dias na casa da tia Aninha, para ver se eu me emendo. Senão, vou sair daqui da Praça Roosevelt em voo sem escala para o Carandiru. Help me!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Folias felinianas

Gente, não é por nada, não. Mas já repararam quanto eu cresci? Pois é... Meu pai que o diga. Agora, basta espichar as patas dianteiras, flexionar as traseiras, pegar impulso e ... voilá! Salto e subo onde quero. Adoro ficar dentro das pias, escalar os tecidos das paredes e, sobretudo, me equilibrar na ponta das estantes. Outro dia descobri o abajur de cabeceira. É uma delícia ficar brincando de passar por dentro dele ... Aliás, bem ao lado desta coisa de forma redonda tem uns potinhos de metal, que servem para abrigar a coleção de minilápis do meu pai. Lógico que eu adoro ficar mordendo cada um deles e, depois, derrubar tudo no chão e sair correndo em disparada assim que ele ouve o estardalhaço que eu provoco. Lógico que meu pai fica bravo. Esbraveja, me chama de trombadinha, diz que eu não passo de um vira-lata, que eu não aprendo as boas maneiras que ele insiste em me ensinar e por aí vai. Fazer o quê? Sou assim mesmo. É da minha natureza.  Porém, como não tem acordo, dou as costas e sigo revirando tapetes, taças de cristal e outros atraentes objetos de decoração. Conclusão? Acabo ficando alguns minutos de castigo na minha jaulinha. Liberdade para os gatos, já!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Memórias do cárcere

Comecei 2011 com a macaca. Melhor dizendo, com espírito de porco. Acho que a minha troca de dentes (tenho apenas três meses e meio) está ativando meu instinto feliniano. Só pode ser isso! Até poucas semanas, era manhoso, chorão, dorminhoco .... Era, eu disse. Tudo isso, agora, é passado. Acho que estou crescendo e mudando de personalidade. Agora, não resisto a arranhar a perna do meu pai quando ele passa na minha frente. Fico à espreita, escondido atrás do balcão da cozinha, esperando ele passar para pular e abraçar a perna dele com todas as minhas garras (que precisam urgentemente ser cortadas). Além disso, aprendi a  pular para o alto. Adoro subir na pia, me esconder dentro do guarda-roupa e, sobretudo, ficar puxando os bibelôs das estantes até caírem no chão. Quando caem, saio correndo e vou me esconder atrás da cadeira de balanço. Como não tem outro gato em casa, a culpa é sempre minha. Resultado: sou pinçado por meu pai pela nuca e, uma vez imobilizado, vou direto para a minha solitária, onde fico enjaulado de castigo. Olhem só a minha cara de presidiário....Cadê os direitos humanos do gato? Ibama, por onde anda? Socorro!

Piná, a pérola negra

Sedutora, enigmática e muito misteriosa. Assim é Piná, uma gata negra que acha que é gente. Pode uma coisa dessas? O melhor de tudo é que ela é muito dona do próprio nariz (digo, focinho). Até mesmo com a Fátima, que é sua meio-irmã, ela resmunga e só dá o ar da graça quando deseja. Deve ser prima, em versão black, da Sofia, a perturbada da Praça Roosevelt. Olhem só a cara de empáfia que ela tem....