terça-feira, 14 de junho de 2011

Gisele Bündchen que se cuide

Gente, não é que eu adoro tirar fotos? A nossa amiga, a Jô Capusso, havia percebido isso quando eu posei para as lentes dela. Basta ver uma objetiva à minha frente que eu faço caras e bocas. Agora, então, estou impossível. Estou na capa e no miolo da revista Faça Fácil (garanta o seu exemplar na banca mais próxima). Vejam as fotos e mais uma exclusiva do making of. Gisele Bündchen que se cuide, pois agora eu sou top na minha categoria... Ah, esse rabo bem felpudo é meu, sim. Não é espanador, não tem aplique nem truque nenhum. Para esclarecer de uma vez por todas, repito: não sou descendente de guaxinim nem de quati, tá?!

domingo, 3 de abril de 2011

Agora sou um castrato ... ou um gato em dias de abajur

Babador gigante? Gola de gala? Aparador de pelos? Nada disso! Bem que meu pai vinha ameaçando cometer esse atentado à minha virilidade. Não me comportei direito e agora cá estou com esse abajur no pescoço e castrado. Lá se foram as minhas sagradas bolinhas lixo adentro pelas mãos carinhosas da dra.Denise, a veterinária do Totó & Bichano. Sem mais perspectivas de galinhar as gatinhas da vizinhança, agora só me resta entoar os meus miados em notas altíssimas para, em pouco tempo, ensurdecer meu pai e virar a versão felina de Farinelli, il castrato. Fãs de Maria Callas que me aguardem com meus agudíssimos trinados. A vingança já se insinua no horizonte da Praça Roosevelt.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Afilhado aloprado

Cada vez mais eu me convenço de que sou um afilhado muito aloprado – para nao recorrer a outro adjetivo. Foi só a minha madrinha, a Letícia Roxa, aparecer em casa com o padrinho, o Black Total, para que eu demonstrasse tudo que não aprendi nos anos de colégio interno na Suíça. Nem os os olhares cáusticos de meu pai adiantaram. Deitei e rolei, literalmente. Para começar, tomei posse da bolsa da madrinha. Enfiei a cara e comecei a mexer em tudo, espalhando o que achava pelo balcão da cozinha. Não satisfeito, empurrei tudo para o chão. Foi aí que a dinda, já levemente alegrinha pelas doses de vodka, se acomodou ao meu lado. Adorei afiar meus caninos na pele de porcelana dela. Pena que as garras estavam aparadas (já que meu pai insiste em cortar). Aliás, alguém aí pode me fazer o favor de avisar a ele que eu sou felino e não um bibelô peludo de estimação? Ai, santa Genoveva, a gloriosa padroeira de Paris, dai-me finesse e paciência.

terça-feira, 1 de março de 2011

Vingança da pasta de dente

Gente, não é por nada, não. Se eu achava que meu pai era maluco, agora tenho plena certeza e ainda estou abalado, escondido pelos cantos da casa. Vejam comigo e ponderem. Como diz uma antiga canção, ele faz tudo sempre igual, chega da rua, abre a porta e me carrega no colo. Aí, agradecido e educado que sou, retribuo com meu focinho gelado no nariz dele. Até aqui, tudo normal. O problema é que ontem eu havia passado o dia todo dormindo e, ao bocejar, exalei mau hálito. Foi o suficiente para o doido pegar um punhadinho de pasta de dente e passar na minha língua. Se eu me assustei com o gosto medonho e comecei a espumar mais do que sabão em pó, ele me catou no colo e me enfiou dentro da pia para lavar a minha boca e garganta.  Corri que nem um desembestado e me escondi debaixo da estante. Mas nada como uma boa vingancinha. Mal ele abriu a porta do terraço enfiou, literalmente, o pé na titica. Parecia que estava andando de skate com a minha caixinha de areia. Foi parar estatelado no meio da poça d'água e todo sujo de areia sanitária e titica. Adorei! Assisti a esse show de camarote, no aconchego da estante. É o que dá usar pasta de dente na gente.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Banho de gato

Voltei! Depois de um prolongado fim de verão – com direito a trovoadas e muita chuva –, descobri os prazeres da escalada. Sim, agora sou um felino atleta. Corro em cima do balcão da cozinha, faço arremesso de enfeites para o chão e, o melhor de tudo, estou expert em salto em altura. Meu pai, aquele desnaturado, que o diga. Basta ele colocar os pés no chão quando eu o acordo, que corro para o banheiro, subo na tampa do vaso sanitário e alcanço a pia. Daí, então, é só miar desesperadamente para ele vir abrir a torneira. Adoro tomar água desse jeito. É muito mais divertido que beber no pratinho. Além disso, o fio que fica caindo me enfeitiça. Passo horas observando e molhando a cabeça. Quando canso, começo a tomar. Da próxima vez eu quero me molhar todo, só para me refrescar. Mas meu pai que não invente de me passar xampu. Meu banho é só esse. E pronto. Palavra de Odorico!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Um gato prêt-à-porter

Crianças, tenho de contar mais uma de minhas descobertas: como é bom brincar com uma sacola. Bem que meu pai havia ouvido dizer que todo gato adora se enfiar em uma e sair saracoteando por aí. Dito e feito. Foi só ele chegar carregado de compras – e como ele é consumista –, tirar os pacotes e eu logo me apoderei de uma que tinha caído no sofá. Adorei! Tá certo que os presentes não eram para mim, mas eu fiz a festa, literalmente. Queimei todas as minhas gordurinhas de vida sedentária que levo em meia hora de pura diversão. Foi tanta bagunça que, por pouco, não me autoenforquei com as alças da sacola. Fiquei até de língua de fora! Mas, felizmente, papi estava a postos (como sempe, fotografando minhas artes) e me salvou mais uma vez. Cansei! Agora quero brincar de outra coisa....

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quadrilha da Aninha


Acabei de ganhar novos amiguinhos. Lembra da tia Aninha Tavares Ferraz? Pois é... Gatóloga de primeira que é – e chiquérrima –, ela não para de aumentar a família (na verdade, está mais para quadrilha). São todos fofos, educados e brincalhões. Vira e mexe, é verdade, quebram alguma coisa, tomam água direto na jarra de cristal, sobem à mesa, mastigam orquídeas ... Nada que um gato não adore. Mas, intimidades do cotidiano à parte, vamos à apresentação da quadrilha (digo, turminha). A gata toda branquinha é Bijou, uma princesa em forma de floquinho de neve; Chico, dono de um belo par de olhos verdes e travessos, é o mais novo da turma; Bunny é esse belo felino todo tigradinho e com irresistíveis olhos mansos azuis; para concluir, tem Gigi, uma autêntica sialata (isso mesmo, siamesa + vira-lata). Eles não são adoráveis e comportados? Acho que meu pai vai acabar me mandando passar uns dias na casa da tia Aninha, para ver se eu me emendo. Senão, vou sair daqui da Praça Roosevelt em voo sem escala para o Carandiru. Help me!