domingo, 5 de dezembro de 2010

Banho: suplício de um gato escândalo

Podem falar o que quiser. Que é saudável, que faz parte da higiene, que deixa os pelos mais bonitos e outras balelas. Para nós, felinos, nada disso justifica a tortura de um banho. Mas não tive escapatória. Meu pai botou na cabeça que era hora de tomar meu primeiro banho oficial e lá fui eu para a Totó & Bichano. Para me distrair, ele fez umas paradas no percurso até a pet shop. Simpático que sou, fui de colo em colo, num verdadeiro rodízio de paparicos com a Renata, a dona Gilda, a tia Ângela (mãe da Sofia, a perturbada da praça), a Norah, a Geralda e a Fátima. Distribuí sorrisos (e pulgas) para todas. Assim que deu uma da tarde, segui, dentro da minha caixa de viagem, para a tal lavagem. Os funcionários brincaram comigo, fizeram gracinhas e, quando eu menos esperava, já estava dentro de um gélido e inexpressivo tanque metálico. Aí não deu outra: quanto mais me molhavam e esfregavam, mais eu esperneava e berrava, armando um escândalo incomparável. Não sei como não fiquei rouco. Todo mundo que passava pela calçada ouvia minha gritaria. Ainda bem que a dra.Vivi aparou minhas unhas antes do suplício, pois, do contrário, o lavador de gato tinha ficado sem braço. Foi uma tortura sem fim em longos e intermináveis 50 minutos. E nem adiantaram os elogios da Luciana (a japa girl) à minha beleza quando fiquei todo fofinho e cheiroso após esta terrível tormenta. Nada justifica tamanha maldade com um gatinho que ficou, literalmente, de alma lavada para todas as minhas sete vidas. Palavra de Odorico!

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